Elon Musk foi afastado do conselho de administração da Tesla por três anos para evitar um processo do órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos. O acordo também prevê o pagamento de US$ 20 milhões em multas. Contudo, Musk ainda mantém o cargo de CEO da companhia.

O fundador da empresa foi acusado de fraude ao publicar um twitte afirmando que considerava tirar a Tesla do mercado de ações, no dia 7 de agosto. As ações da empresa dispararam 11% após o anúncio, mas voltaram a cair logo depois. Para o governo dos EUA, as alegações do fundador da Tesla foram uma forma de manipulação do mercado.

No mesmo período, haviam rumores de que a Arábia Saudita investiria US$ 3 bilhões na compra de 5% das ações da Tesla. Mas, depois da polêmica com o Twitter, nenhuma nova informação foi revelada.

Além do afastamento, Musk não poderá ter influência na escolha do novo presidente do conselho. A decisão também determina que toda a comunicação do bilionário, incluindo suas postagens em redes sociais, passe por uma análise prévia.

Polêmicas

A mensagem sobre tirar a Tesla do mercado aberto é apenas mais um polêmica envolvendo Elon Musk nos últimos meses. Em junho, também no Twitter, ele acusou de pedofilia um dos mergulhares que resgataram um grupo de crianças e um adulto de uma caverna inundada na Tailândia. O caso gerou forte repercussão negativa e corre na Justiça.

No início de setembro, Musk voltou aos holofotes ao fumar maconha ao vivo durante um programa de entrevistas norte-americano. Apesar do uso da erva ser legalizado na Califórnia, onde foi feita a entrevista, as ações da Tesla caíram 9% após a sua divulgação.