Apesar de fazer diversos elogios à plataforma de venda de produtos de decoração e móveis, a Eleven recomenda aos seus clientes que não participem da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Westwing.

Segundo os analistas Eric Huang, Tales Granello e Carlos Eduardo Daltozo, um dos principais diferenciais da Westwing é sua plataforma proprietária, com uma navegação fluida, sem campos de busca, similar ao feed de uma rede social. Além disso, a Eleven aponta a elevada frequência do site, o que contribui para o retorno dos investimentos feitos.

“A tese da Westwing de fato nos parece bastante interessante e as iniciativas da empresa nos parecem muito assertivas, mas, ainda assim, consideramos que o curto histórico de crescimento após alguns anos sem investimentos da antiga controladora e o prêmio cobrado no IPO nos levam a não recomendar a participação na oferta”, explicam os analista da Eleven.

Eles ressaltam que o preço-alvo estabelecido por meio de um modelo de fluxo de caixa, de R$ 13, representa uma alta potencial de 8% em relação ao ponto médio do intervalo de preço, valorização considerada baixa para um IPO.

A faixa de preço da oferta da Westwing é de R$ 10,50 a R$ 13,66. A precificação está marcada para a próxima terça-feira, 9. Serão ofertadas 33.099.562 ações na oferta primária, e o mesmo número na oferta secundária. Se houver demanda, podem ser vendidas mais 23.169.692 ações nos lotes adicional e suplementar.

Levando-se em conta que todas as ações sejam vendidas no topo do intervalo de preço, a operação pode movimentar até R$ 1,22 bilhão.

O BTG Pactual é o coordenador-líder, e também participam da operação a XP Investimentos, JPMorgan e Citigroup.