A Eletrobras anotou uma redução de 8,8% em suas despesas operacionais de Pessoal, Materiais, Serviços de Terceiros e Outros (PMSO) no terceiro trimestre deste ano, na comparação com igual etapa do ano passado, para R$ 2,037 bilhões. Em linha com o plano estratégico da companhia que visa melhorar a eficiência da estatal, a companhia conseguiu reduzir gastos de pessoal e serviços de terceiros.

Somente a linha de pessoal recuou 2,1%, para R$ 1,174 bilhão. A Eletrobras explicou que a redução se deve à política de contenção de custos estabelecida pela companhia, com o Plano de Demissão Consensual (PDC), por exemplo. A companhia destacou que o número reflete efeitos parciais, devido às datas de desligamento e obrigações temporais com plano de saúde. Foram desligados 820 empregados em 2018 e 486 em 2019.

“A redução seria de 9% (cerca de R$ 103 milhões a mais) se excluídos eventos não recorrentes na Chesf de R$ 70 milhões referentes a lançamento retroativo de benefício de alimentação e plano de saúde, do período de janeiro a junho de 2019, lançado em trimestres anteriores na conta de serviços e ajustado na conta de pessoal no terceiro trimestre de 2019 e de R$ 20 milhões, na holding, pelo lançamento retroativo de férias”, explicou.

Já na linha de serviços de terceiros, a queda foi de 10%, para R$ 473 milhões, mas influenciada pela reclassificação de R$ 70 milhões gastos com benefícios alimentação e plano de saúde na Chesf, que deixaram a linha, parcialmente compensada por despesas com a parada para manutenção de Angra 2 na Eletronuclear de R$ 37 milhões e aumento de R$ 16 milhões com contrato de Manutenção da termelétrica Mauá 3.

Em nota à imprensa, a Eletrobras salientou a redução de 17% no PMSO recorrente da companhia, “o que representa redução de cerca de R$ 371 milhões no trimestre”.

No relatório de resultados, a companhia informou também que as despesas operacionais totais recorrentes, que somaram R$ 2,324 bilhões no trimestre, ficaram 14,7% menores na comparação anual.