O que comemoram esses sabugos da oposição? O desemprego em massa de 14 milhões de trabalhadores, legado por eles ao longo de mais de uma década? A ausência de condições de retomada da economia pela resiliente crise política? A “vitória de Pirro” sobre a agenda reformista do governo? Ou as três opções juntas? Mais uma vez a turma do atraso oferece aos brasileiros provas cabais de que estão pouco se lixando para os destinos da Nação. Querem a instabilidade permanente como cenário ideal. Lutam pela anarquia como fórmula de retomada do poder.

Anseiam pelo dia em que possam se lambuzar novamente na corrupção endêmica, resguardando-se nas tetas do Estado, livres de perseguições e processos, anistiados pelo grande chefe petista, Lula da Silva. Cambada de aloprados – a maioria metida até o ultimo fio de cabelo em processos da Lava-Jato – achincalham com programas de ajustes pelo mero prazer de ser contra. Compromisso zero com saídas para o desenvolvimento. E a reforma trabalhista, diga-se de passagem, é o caminho mais natural e produtivo rumo à modernização das relações entre patrões e empregados, fora dos ditames ultrapassados da CLT (criada ainda na era Vargas).

Basta lembrar de uma excrescência da lei que prevê o imposto sindical de maneira compulsória para alimentar pelegos e financiar ações muitas vezes criminosas e à contragosto da população. Parlamentares que querem levar no grito se esbaldam. Mesmo aqueles que teoricamente se alinham nas fileiras da base aliada. Tome-se o caso do tucano Eduardo Amorim, um sabotador da articulação, que votou contra o relatório para atender ao pedido da própria mulher, que trabalha no Ministério Público Trabalhista.

Advogou em causa própria, incensando o corporativismo do serviço público. Da mesma tropa, o peemedebista Hélio José, que atendeu ao lobby barulhento dos servidores, vociferou quando perdeu, em retaliação, a boquinha de cargos no aparato estatal. Nessa pajelança podre de interesseiros nada, naturalmente, se compara a agitação imoral de sabotadores das reformas, liderados pelos petistas Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias além de Vanessa Grazziotin e Randolfe Rodrigues.

Anote esses nomes. O intento declarado deles é instaurar uma muralha de resistência contra qualquer melhoria, abrindo espaço a interesses pessoais nada republicanos. Do lado do governo, a derrota decerto encerra lições. A primeira delas é a de ficar muito mais atento, sem descuidos, voto a voto, ao que fazem seus aliados. Cinco deles, por exemplo, simplesmente faltaram a sessão da comissão que avaliou o relatório. Os rebeldes aproveitaram para impor uma inesperada – embora apertada e pouco significativa – conquista. Estão rindo até agora. Não se emendam!

(Nota publicada na Edição 1024 da Revista Dinheiro)