No Brasil, o voto é obrigatório, no entanto, o eleitor é livre para não escolher candidato algum e optar por votar em branco ou anular o seu voto. Mas qual seria a diferença entre o voto em branco e o voto nulo?

Confira as informações abaixo, segundo o TSE.

Voto em branco

O voto em branco é aquele em que o eleitor manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla “branco” na urna e, em seguida, a tecla “confirma”.

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Voto nulo

O TSE considera voto nulo aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto (como o próprio nome diz). Para votar nulo, o eleitor precisa digitar um número de candidato inexistente, como por exemplo, “00”, e depois a tecla “confirma”.

O voto em branco vai para quem está ganhando?

O voto em branco não vai para quem está ganhando. Até 1997, o voto branco era considerado válido (era contabilizado e dado para o candidato vencedor), na qual o eleitor se mostrava satisfeito com o candidato que vencesse as eleições.

Hoje em dia ele somente serve para base estatística, sendo retirado dos chamados “votos válidos”, que definem o resultado de um pleito eleitoral.

Votos válidos

Atualmente vigora o princípio da maioria absoluta de votos válidos. Este princípio do cálculo eleitoral considera apenas os votos nominais e os de legenda, desconsiderando os votos em branco e os nulos. Assim, os votos em branco e nulos simplesmente não são contados. Por isso, mesmo que mais da metade dos votos computados em uma eleição sejam nulos, não é possível cancelar a disputa.

Os votos nulos e brancos acabam constituindo apenas um direito de manifestação de descontentamento do eleitor, não tendo qualquer outra serventia para o pleito eleitoral. Esse é um ponto de debate cada vez maior entre especialistas, uma vez que o número de insatisfeitos bate recordes em cada nova eleição, porém esse nível de insatisfação é jogado no lixo.

Em 2018, o índice de votos inválidos no segundo turno foi o maior registrado desde 1989, quando mais de 21% dos eleitores não compareceram aos colégios eleitorais e mais de 11 milhões de eleitores descartaram o voto entre brancos e nulos. Ao todo, 42,1 milhões de eleitores deixaram de escolher um candidato.