Quando chegou ao Brasil, em 2009, a Azimut, uma das cinco maiores gestoras de recursos da Europa, com R$ 140 bilhões em ativos sob sua gestão, tinha como objetivo entrar com força total no mercado de varejo – o core business da Azimut no Velho Mundo. A ideia era ser uma empresa nos moldes da XP Investimentos, que atende às massas.

Mas, nos últimos anos, a companhia comprou a Legan, a FuturaInvest, parte da Quest Investimentos, entre outras, e acabou mudando o foco para a gestão de grandes fortunas. Isso, entretanto, não agradou a todos. Mais precisamente ao Co-CEO, Davide Barenghi, que comanda a empresa no País ao lado do presidente e Co-CEO, Giuseppe Perrucci. Barenghi estaria, inclusive, deixando a companhia por discordar dos rumos tomados. Procurada, a Azimut disse, por meio de nota, que “não comentaria nada”.

Depois do fechamento da edição, Davide Barenghi entrou em contato com a redação e confirmou que está, mesmo, de saída da Azimut. Mas disse que não tem nada a ver com os rumos da companhia. “Estou saindo, mas isso tem a ver com assuntos pessoais. Vou tocar o meu negócio, empreender aqui no Brasil em uma área completamente diferente do mercado financeiro”, diz Barenghi. “A Azimut  chegou num nível  de maturidade no qual não precisava de dois executivos da Itália tocando. Minha saída não tem nada a ver com a estratégia, estamos totalmente alinhados.”

(Nota publicada na Edição 1015 da revista Dinheiro)