Um exemplo do impacto do Plano Diretor é que, na capital paulista, mais de 480 novos empreendimentos imobiliários foram entregues nos chamados Eixos de Estruturação da Transformação Urbana entre 2014 e 2019. São áreas com grande oferta de transporte classificadas pelo último Plano Diretor, nas quais há incentivos para a ampliação da oferta de residências.

Segundo monitoramento da Prefeitura, esses locais tiveram um crescimento de 411% em área construída de 2017 a 2019 em relação ao triênio anterior, subindo de 293 mil metros quadrados entregues para 1,2 milhão.

Os exemplos são visíveis com edifícios entregues ou em construção em locais como a Avenida Rebouças e o entorno da estação Vila Madalena, ambos na região centro-oeste, o Tatuapé e a Penha, na zona leste, e a região da Subprefeitura de Pirituba, na zona norte, dentre outros.

Outro resultado do Plano Diretor foi a redução de novos apartamentos com garagem. Enquanto a lei anterior exigia um número mínimo de vagas, a atual desincentiva a criação desse tipo de espaço e até cobra o pagamento de valores extras em determinados locais, como nos Eixos de Estruturação, onde há oferta variada de transporte coletivo.

Entre 2014 e 2018, por exemplo, 14 mil apartamentos foram lançados sem garagem na cidade, número que foi de 194 unidades entre 2009 e 2013.

A queda se repetiu entre as unidades com uma, duas, três e mais vagas, embora o setor tenha registrado um crescimento nos lançamentos imobiliários na comparação dos dois períodos, segundo dados da Embraesp compilados pela Prefeitura.

O Plano Diretor também delimita mudanças e intervenções em pontos específicos da cidade.

Em São Paulo determina, por exemplo, a desativação do tráfego de veículos no Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, e a subsequente demolição ou transformação em parque. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.