O empresário Eike Batista, que protagonizou uma das maiores falências da história brasileira e está sendo investigado pela operação Lava Jato, anunciou pelo Twitter que está de volta.

Em dois posts, o empresário avisou seus mais de 1,2 milhão de seguidores a ficarem ligados em seu novo canal no YouTube e Instagram, “onde estarei contando um pouco da minha trajetória”

O empresário acrescentou que “poucos sabem, mas são mais de 36 anos de dedicação ao Brasil”. E arrematou: “Nestes canais falarei sobre projetos únicos e estruturantes que revolucionaram nosso querido Brasil nas áreas de superportos, mineração e geração de energia em larga escala, assim como trabalhos na área social melhorando a vida de muitos brasileiros.

O blog BASTIDORES DAS EMPRESAS não encontrou os canais do YouTube e do Instagram de Eike Batista. Ele não forneceu os endereços em seus dois posts, publicados nesta sexta-feira 26.

Eike Batista já chegou a ser o homem mais rico do Brasil e o sétimo do mundo, com uma fortuna superior a US$ 30 bilhões. Mas seus projetos de infraestrutura foram pouco a pouco falindo, à medida que as promessas feitas pelo empresário não se cumpriam.

A petroleira OGX, a maior empresa do império X, como eram conhecidas as companhias de Eike Batista, entrou em recuperação judicial em 2013, com dívidas de R$ 13,8 bilhões. Em seguida foi a vez do estaleiro OSX, com dívidas de R$ 4,5 bilhões.

Um a um de seus projetos foram ruindo ou diminuindo drasticamente de tamanho. Endividado, Eike Batista teve vender boa parte deles. Da fortuna de mais de US$ 30 bilhões, quase nada sobrou. Ele continuou sendo um bilionário, mas com um patrimônio negativo de US$ 1 bilhão.

O empresário também foi preso preventivamente em janeiro de 2017, quando foi deflagrada a operação Eficiência, um desdobramento da Calicute, braço da Lava Jato que investiga crimes de lavagem de dinheiro para ocultar aproximadamente US$ 100 milhões e levou à prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Eike é acusado de corrupção e lavagem de lavagem de dinheiro. Em abril do mesmo ano, ele foi solto e passou para o regime de prisão domiciliar.