02/08/2019 - 11:00
Economia
A navalha do presidente Jair Bolsonaro continua afiada – e não só em suas declarações atabalhoadas. No mais novo corte no orçamento federal, que o capitão insiste em tratar pelo singelo nome de “contingenciamento”, será retirado cerca de R$ 1,4 bilhão. No pacote, os ministérios mais afetados foram o da Cidadania, que perdeu R$ 619 milhões, e o da Educação, que sofreu um corte de R$ 348,5 milhões. Nem a pasta da Economia, comandada por Paulo Guedes, seu ministro preferido, escapou da adaga presidencial. Na área de Guedes, a redução no cofre foi de quase R$ 283 milhões. Pela lei, o governo teria até a terça-feira 30 para editar um decreto com os novos limites de gastos. Também entraram no pacote os ministérios do Turismo (R$ 100 milhões), da Ciência e Tecnologia (R$ 60 milhões), da Agricultura (R$ 54,7 milhões), das Relações Exteriores (R$ 33 milhões) e do Meio Ambiente (R$ 10 milhões). Ao falar sobre o assunto, Bolsonaro disse que o novo valor do corte era “uma merreca”.
Processo
Justiça mantém bloqueio de R$ 778 milhões de Thor
Filho mais velho de Eike Batista, Thor segue enfrentando problemas herdados do pai. Na terça-feira 30, a Justiça de Minas Gerais decidiu manter o bloqueio de R$ 778,4 milhões nas contas do empresário. O bloqueio já havia sido determinado em março, em decisão de primeira instância pela 1ª Vara Empresarial, depois que a defesa de uma açnao movida pelo administrador judicial da MMX, companhia de Eike. Os advogados de Thor recorreram, mas, após analisarem os recursos, os desembargadores decidiram pela manutenção do bloqueio. O objetivo da ação, que corre em segredo de Justiça, é utilizar os valores bloqueados para pagar débitos com os credores da empresa. A MMX acusa Eike de usar plataformas de blindagem para esconder ativos. Um desses artifícios seria justamente repassar valores a Thor, tanto em espécie quanto em participações societárias. Isso explica como o rapaz de 27 anos amealhou sua fortuna.
Cultura
Em novo recorde, filmes da Disney arrecadam US$ 7,7 bilhões
As 5 maiores bilheterias do cinema mundial deste ano:
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- 1 – Vingadores: Ultimato (Disney) US$ 2,7 bilhões
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- 2 – Capitã Marvel (Disney) US$ 1,1 bilhão
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- 3 – Homem-Aranha: Longe de Casa (Sony) US$ 1,03 bilhão
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- 4 – Aladdin (Disney) US$ 1 bilhão
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- 5 – O Rei Leão (Disney) US$ 962 milhões
O sucesso e os lucros dos estúdios Disney parecem não ter limite. Depois de se tornar recordista em arrecadação de bilheteria nos cinemas do mundo, com ganhos de US$ 7,6 bilhões, em 2016, a companhia acaba de quebrar essa marca. Apenas no primeiro semestre deste ano, a Disney faturou nada menos do que US$ 7,7 bilhões em todo o planeta, graças aos filmes de heróis e infantis. Os números falam por si. Das cinco maiores bilheterias deste ano, quatro são da Disney (confira ao lado). A exceção é Homem-Aranha: Longe de Casa, produzido pela Sony e que arrecadou US$ 1,03 bilhão. E tem mais: como acabamos de entrar em agosto, esse número ainda vai subir bastante até dezembro. Afinal, até o fim deste ano, a Disney vai lançar filmes que são certeza de blockbusters: as sequências de Frozen e Malévola, além de Star Wars IX: A Ascensão Skywalker. Mais do
que nunca, Tio Patinhas está nadando em dinheiro.
Emprego
Bolsonaro critica emenda sobre trabalho escravo
Na terça-feira 30, Jair Bolsonaro soltou mais uma de suas declarações impensadas. Durante a cerimônia de anúncio da revisão de 36 normas sobre proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores, ele criticou a Emenda Constitucional 81, de 2014, que manda expropriar e destinar à reforma agrária e a programas de habitação popular propriedades rurais flagradas explorando trabalho escravo. Em entrevista após o evento, Bolsonaro disse: “O empregador não quer maldade para o seu funcionário nem quer escravizá-lo. Isso não existe”. O presidente pode até não saber, mas o fato é que “isso” existe, sim. No Brasil, mais de 50 mil homens, mulheres e crianças foram libertados da escravidão, em pleno século 21. Num dos casos flagrados pelo Governo Federal, um trabalhador havia passado 19 anos escravizado numa fazenda no interior do Pará, sem salário, sem direito a férias e dormindo numa cabana de lona.
Economia
Pente-fino do INSS revela absurdos
Começou o chamado pente-fino do INSS, cuja meta é analisar cerca de 3 milhões de benefícios. Os casos flagrados com irregularidades serão cancelados, o que pode gerar, segundo o governo, uma economia de quase R$ 10 bilhões. Nos últimos dias, o programa registrou duas situações, no mínimo, insólitas. Na primeira, o governo queria obrigar um homem aposentado por invalidez, desde 2005, a voltar ao trabalho. Detalhe: o cidadão em questão recebe o benefício do INSS por ser portador do vírus da Aids, o HIV. O outro caso trata de um servidor público do Rio de Janeiro, que está aposentado e recebe salário de R$ 13 mil. O governo descobriu que, além da remuneração, ele ganhava o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e deficientes pobres. Aqui, o pente-fino acertou em cheio.
Privatização
Receita da Huawei cresce 23%, apesar da briga com os Estados Unidos
Mesmo incluída na lista negra de exportações dos Estados Unidos, a chinesa Huawei registrou alta de 23% em suas receitas no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018, saltando para R$ 22 bilhões. A gigante das telecomunicações divulgou seus números na terça-feira 30, ao mesmo tempo em que declarou prever “dias difíceis”, em virtude de incertezas em relação ao acesso a tecnologias americanas, incluindo as operações com smartphones.
Números
12,8 milhões – É o número de pessoas desempregadas no País, segundo o IBGE, no segundo trimestre deste ano. Representa 12% da população ativa.
200 – Foi a quantidade de agências fechadas pelo Itaú no primeiro semestre, em todo o Brasil, devido à digitalização das operações bancárias. Segundo o banco, mais agências serão fechadas até o final do ano.
0,5% – Foi a redução da taxa básica de juros no Brasil, anunciada pelo Copom, na quarta-feira 31. Com isso, a Selic caiu de 6,5% para 6%, uma nova mínima histórica. O Copom indicou, ainda, que pode fazer novos cortes na taxa.
