Acaba de ser divulgado um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que mostra um cenário ainda mais complicado para o Brasil. Elaborada a partir de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV mostra que a perda de renda do brasileiro causada pela pandemia de Covid-19 será maior do que na grande maioria dos países. Pelas estimativas do FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil – utilizado no País como sinônimo de renda per capita – deve sofrer uma queda de 5,9%, em relação aos US$ 14,1 mil do ano passado.

Com isso, a renda do brasileiro terá impacto maior do que a de cidadãos de outras 121 nações, de um total de 191 economias monitoradas pelo FMI, o equivalente a 63% dos países analisados, de acordo com o economista Marcel Balassiano, da FGV.

Preocupa ainda mais o fato de a queda prevista para o Brasil ser maior do que a de outros emergentes, como Rússia, e de nações mais pobres da América do Sul, como Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai. Ainda pior, no entanto, é a realidade da Europa, que já foi epicentro da crise global do coronavírus. No Velho Continente, a renda per capita da Itália, por exemplo, deve cair 8,9% neste ano e a do Reino Unido, 7%.
Já as duas maiores economias do planeta apontam para caminhos opostos. Enquanto os Estados Unidos devem sofrer um forte tombo de 6,4%, a China terá crescimento de quase 1%. “Mas a maior parte dos países ainda vai ter um desempenho melhor do que
o Brasil”, destaca Balassiano.

Divulgação

“Uma certeza que temos é de que todos, ou praticamente todos, vão sair desta crise mais pobres do que entraram. Mas a maior parte dos países ainda vai ter um desempenho melhor do que o Brasil”

Exportações de açúcar, café e soja crescem na pandemia

Luiz Carlos Murauskas

O agronegócio nacional continua mostrando que não há tempo ruim para o setor. No mês passado, em plena pandemia global, as exportações de açúcar, café e soja registraram altas animadoras, na comparação com o mesmo período de 2019, de acordo com dados do governo publicados na segunda-feira 1º. Os embarques de café verde a partir dos portos do Brasil tiveram elevação de 10%, passando de 3,28 milhões de toneladas para 3,6 milhões. Já a soja teve desempenho bem melhor, chegando a 15,5 milhões de toneladas exportadas, indicando crescimento de 55% sobre as 10 milhões de toneladas de um ano antes. Mas nada se compara à performance do açúcar, que disparou de 1,5 milhão de toneladas enviadas para fora do País, em maio de 2019, para 2,7 milhões, numa impressionante alta de 80%.

Internacional China planeja lançar yuan digital

AndreyPopov

O Banco Popular da China revelou que pretende ter sua moeda digital soberana, a tempo de lançá-la antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. De acordo com o diretor do Banco Central, Yi Gang, testes limitados já estão em andamento em várias regiões do país. Em entrevista, Gang afirmou que ainda não há um cronograma oficial para o lançamento do yuan digital, mas destacou que a criptomoeda chinesa pode começar a circular já em 2021. O projeto prevê que o yuan digital seja vinculado ao número de celular do usuário, permitindo que as transações sejam executadas por meio de um aplicativo. A nova moeda terá curso legal e poderá ser negociada sem a necessidade de um banco como intermediário.

Federer é o atleta mais bem pago do mundo

O suíço Roger Federer conseguiu uma proeza admirável. Pela primeira vez, a lista Forbes com os atletas mais bem pagos do mundo tem um tenista na liderança. Divulgada recentemente, a relação considera os ganhos entre junho de 2019 e maio deste ano. Aos 38 anos, Federer faturou US$ 106,3 milhões (cerca de R$ 550 milhões) nesse período. Ele deixou para trás outros astros do esporte mundial. Depois do suíço, o top 5 tem os jogadores de futebol Cristiano Ronaldo (US$ 105 milhões), Lionel Messi (US$ 104 milhões) e Neymar (US$ 95,5 milhões), além do craque do basquete americano Lebron James (US$ 88,2 milhões). A grande vantagem de Federer sobre seus colegas está em seus vários contratos publicitários. Num dos mais recentes, ele assinou com a marca têxtil japonesa Uniqlo, para ganhar US$ 300 milhões (mais de R$ 1,5 bilhão) nos próximos dez anos. Confira o que é possível comprar com os US$ 106,3 milhões que o suíço faturou nos últimos 12 meses.

Lucro do Zoom cresce mais de 1.000%

É pouco provável que alguma empresa tenha se dado melhor com a pandemia do coronavírus do que a Zoom. Na terça-feira 2, a companhia de videoconferências anunciou que fechou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de US$ 27 milhões, uma exorbitante alta de 1.127%, em relação aos US$ 2,2 milhões dos primeiros três meses de 2019.

A receita registrou elevação de quase 170%, indo de US$ 122 milhões para US$ 328,2 milhões. Feliz e satisfeito, o presidente-executivo da empresa, Eric Yuan, declarou:
“A crise da Covid-19 gerou uma demanda maior por interações e colaboração face a face distribuídas usando o Zoom.” Segundo ele, os casos de uso cresceram rapidamente, à medida em que as pessoas pasaram a utilizar a plataforma no trabalho, em aulas e na vida pessoal. Agora, a ideia é continuar crescendo. Yuan projeta que a receita no segundo trimestre será de US$ 500 milhões.