A economia mundial está vulnerável e em franca desaceleração, porém ainda é cedo para rotular o cenário como uma recessão. Este será o tom adotado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório a ser divulgado na próxima semana, afirmou o jornal espanhol El País.

Parte do que será exposto no documento foi adiantado pela diretora do FMI, Christine Lagarde, em um discurso na Câmara de Comércio dos Estados Unidos nesta terça-feira (2). Segundo a francesa, a situação é realmente instável, principalmente pelas indefinições do Brexit e da guerra comercial entre EUA e China. Ao mesmo tempo, o órgão espera por uma recuperação do crescimento nos mercados globais entre o segundo semestre deste ano e o início de 2020.

“É uma desaceleração sincronizada”, disse a diretora. O FMI estima um crescimento de 3,5% para os dois próximos anos, em um período onde 70% dos países devem ter redução de mercados. “É uma desaceleração sincronizada”, afirmou.

Em sua apresentação, Lagarde defendeu a integração entre os mercados como impulsionador do crescimento, fomentação de empregos e maiores investimentos e produtividades. Em uma crítica às políticas protecionistas cada vez mais evidentes, ela disse que “barreiras comerciais claramente prejudicam o desenvolvimento dos países.”