A conjuntura econômica desfavorável ao consumo de produtos novos, com a disparada da inflação, a queda no PIB e os altos índices de desemprego, impulsiona o mercado de usados. Pode perguntar para a operação brasileira da OLX, plataforma de classificados digitais com sede na Holanda.

No ano passado, as verticais imóveis (+20%) e automóveis (+12%) puxaram o crescimento da subsidiária. A operação da OLX Brasil, que é majoritariamente controlada pelos fundos Prosus (Holanda) e Adevinta (Noruega), engloba o marketplace e o grupo imobiliário ZAP+. No segundo trimestre de 2021, a investidora norueguesa reportou alta de faturamento da holding de 148% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita da Adevinta no País, que inclui também a operação Infojobs, foi de R$ 183,6 milhões (30 milhões de euros).

Segundo Regina Botter , executiva que comanda a divisão de bens de consumo da OLX Brasil, a demanda por usados está crescendo mês após mês. “Este é um mercado que deve se manter em expansão nos próximos meses, ainda estimulado pelas mudanças de hábitos e necessidade de geração de renda extra”, disse. Em 2020, as vendas da OLX já haviam crescido 26%, somando R$ 164 bilhões transacionados, disparada de 38% na comparação anual.

(Nota publicada na edição 1238 da Revista Dinheiro)