A economia de Singapura cresceu 7,2% no ano passado, enquanto se recuperava da pior recessão de sua história, causada pela pandemia do coronavírus – revelam dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (3).

Os números do Ministério do Comércio mostram que a economia cresceu 5,9% interanual no quarto trimestre de 2021.

Com isso, a expansão do ano recém-concluído chegou a 7,2%, revertendo uma contração de 5,4% em 2020, a pior em Singapura desde sua independência em 1965.

A economia da cidade-estado afundou em 2020, pelo fechamento de negócios e fronteiras decorrente da covid-19. Este quadro sufocou suas atividades de comércio e turismo.

Inicialmente, as autoridades impuseram duras medidas duras para restringir a mobilidade e as reuniões. Mais adiante, adotou uma política de convivência com o coronavírus, quando a maior parte da população estava vacinada.

Nas últimas 24 horas, Singapura registrou 280.290 casos de covid-19 e 829 mortes.

A manufatura, um dos pilares de sua economia, cresceu 12,8% ano a ano, impulsionada pela demanda global por semicondutores, disse o ministério.

Em sua mensagem de Ano Novo, o primeiro-ministro Lee Hsien Loong advertiu, contudo, que Singapura ainda não está a salvo.

“Neste ano que se inicia, a luta contra a covid-19 não terminou. A variante ômicron trouxe novas incertezas”, alertou Lee.

De qualquer modo, o premiê afirmou que Singapura está em melhores condições para enfrentar o vírus do que há dois anos, no momento em que inicia a aplicação da dose de reforço da vacina anticovid e a inoculação em crianças.

“Ao nos prepararmos para o impacto da ômicron, podemos ter certeza de que seremos capazes de enfrentar o que o futuro reserva”, comentou, acrescentando que a economia deve crescer entre 3% e 3,5% este ano.