Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira que a sala de totalização de votos do tribunal é aberta e clara, numa crítica velada ao presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), que frequentemente faz a alegação falsa de que os votos são totalizados em uma suposta “sala secreta”.

“É uma sala aberta e clara, não é nem secreta nem escura”, disse ele em rápida fala aos jornalistas durante o ato de abertura do local para o primeiro turno das eleições gerais, marcado para o próximo domingo.

A visita à sala de totalização foi acompanhada pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, o partido de Bolsonaro, e por uma série de representantes de partidos e de observadores nacionais e internacionais.

Moraes convidou todos os candidatos à Presidência para visitar o local, mas nenhum foi por estarem na reta final de campanha.

Em sua fala, o presidente do TSE destacou que não há participação humana na contagem dos votos e que a apuração é “transparente, auditável e é fiscalizada”, também em contraposição a declarações frequentes de Bolsonaro de que o processo eleitoral não é auditável.

Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, o presidente tem desde o ano passado lançado suspeitas –sem evidências– de que o atual sistema de votação por meio de urnas eletrônicas seria suscetível a fraudes. Chegou a insinuar não aceitar o resultado do pleito caso saia derrotado.

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