O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que a suspensão do programa Renda Brasil, que substituiria o Bolsa Família, foi uma decisão política do presidente da República, Jair Bolsonaro. “É uma decisão política do presidente e acabou este assunto”, disse Guedes.

Em live, que começou após as 12h, no evento Painel Telebrasil 2020, Guedes explicou que não há muito o que discutir sobre a suspensão, tendo em vista que o Ministério da Economia tem a função de sugerir e realizar estudos, porém é Bolsonaro quem bate o martelo. “Quem é eleito, é eleito para decidir onde vai gastar os gastos públicos.”

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Ao reforçar que a decisão é de Bolsonaro, Guedes lembrou como o presidente foi contra à sugestão de mexer em benefícios do trabalhador.

“Quem decide, o timing é da política, a decisão é política. e o presidente deixou claro a primeira vez que não ia usar o abono salarial, que vai até um e meio e dois salários mínimos, o presidente deixou claro que não vai tirar desse brasileiro. Hoje, 75% dos trabalhadores brasileiros recebem até 2 salários mínimos”, disse Guedes.

A participação do ministro da Economia no Painel Telebrasil 2020 foi adiada das 9h para as 12h, de hoje, após Bolsonaro convocá-lo para uma reunião no Palácio do Planalto.

Mais cedo, o presidente da República divulgou um vídeo nas redes sociais informando sobre as suspensão da criação do programa Renda Brasil. Destacou ainda, no vídeo, que se alguém sugerisse o congelamento de aposentadorias seria penalizado com “cartão vermelho”

Guedes também criticou a imprensa e disse que há um discurso equivocado sobre a estratégia econômica da administração publica federal. “O congresso brasileiro tem a responsabilidade de reassumir o comando dos recursos e orçamentos públicos. E aí vira uma narrativa falsa, que [o governo federal] está tirando dos pobres para dar para o mais pobre.”

Impostos

Guedes também reafirmou que os impostos não vão subir. “Eles serão simplificados.”

Ainda sobre tributos, o ministro da Economia enfatizou que “milionário vivendo de imposto zero, vivendo de dividendos, isso não vai mais existir.”