A maioria das vacinas Covid-19, que já estão sendo administradas, requerem duas doses. São eles: Pfizer, Oxford/AstraZeneca, Coronavac, Moderna e Sputnik V. O tempo de espera entre as doses depende do fabricante.

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Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, afirma que nenhuma vacina disponível é capaz de proteger antes de 14 dias após a aplicação da primeira dose, seja contra o covid-19 ou outra doença. Os antígenos contidos nas vacinas interagem com o sistema imunológico criando anticorpos para combater uma invasão futura. Esse processo pode levar duas semanas.

Com essas duas doses, o sistema imunológico é estimulado a produzir anticorpos. Se no meio do percurso existir a contaminação pelo vírus real, que produza a doença, a pessoa não terá a imunidade garantida e pode desenvolvê-la.

Por isso é muito importante que as pessoas continuem a colocar em prática medidas de prevenção, tais como: distanciamento, lavagem frequente das mãos e uso de máscara. Receber as duas doses não significa estar liberado para ter uma vida normal. A vacina protege contra as consequências mais graves, mas as pessoas imunizadas podem continuar a transmitir o vírus a outras pessoas.

Por outro lado, Ballalai afirma que as vacinas “são feitas com vírus inativados e, nem mesmo um milagre poderia causar a doença.