O ex-presidente Lula já está em campanha eleitoral e o PSDB ainda engatinha na escolha do nome de seu representante para a disputa pela presidência. Indagado pela coluna sobre a demora em anunciar o oponente de Lula, um cacique do partido é enfático. “Se o nome não for revelado até julho, no máximo em outubro deste ano saberemos”, afirma. Quanto mais demora em anunciar seu representante, mais o ex-presidente Lula vai ganhando espaço.

No colo de Doria?

A vaga para encabeçar a chapa está, cada vez mais, caindo no colo do prefeito de São Paulo, João Doria Jr.. Com os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP) implicados nas delações da Odebrecht e com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também muito arranhado pelos delatores, Doria surge como a saída para o partido. Às pessoas próximas, o prefeito afirma que só parte para a campanha com autorização do governador. Sem o consentimento de Alckmin, não há chance de Doria tentar o Planalto.

No tom da campanha

O discurso do prefeito, sobretudo nas redes sociais, já está calibrado para o âmbito nacional. Vira-e-mexe, Doria surge na internet atacando o ex-presidente Lula, reforçando que ele mente e que seu governo foi um dos mais corruptos da história do País. Doria, em pouco mais de 100 dias como prefeito da maior capital do País, se tornou o principal anti-Lula de projeção nacional. O cacique tucano e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi contra a sua candidatura a prefeito, já não descarta o seu nome.

(Nota publicada na Edição 1018 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Paula Bezerra)