O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta sexta-feira, 7, que a revisão da meta fiscal de 2018 mostra que a equipe econômica tem buscado ser transparente. “Como temos feito desde o inicio do novo governo Temer, temos buscado ser muito transparentes a respeito da política fiscal e dos números que são apresentados”, disse.

Ao anunciar que a meta fiscal para 2018 será um déficit primário de R$ 129 bilhões para o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), Dyogo disse que o objetivo é apresentar metas “críveis” que “aumentem a credibilidade da condução a política fiscal”. A meta foi revisada, de um número anterior de déficit de R$ 79 bilhões.

Dyogo reforçou que a revisão da meta mostra que ainda há um efeito de “atraso da resposta das receitas” e que as empresas ainda entrarão no ano que vem acumulando créditos fiscais. “O nível de atividade, embora tenhamos uma recuperação considerada para 2018, não impacta imediatamente na arrecadação”, afirmou. “Por isso, a arrecadação de 2018 está sendo mantida praticamente estável em comparação com 2017.”

Do lado de despesa, o ministro destacou que há a limitação por conta do teto dos gastos e que é uma contenção natural. “A partir de 2019, estamos considerando que haverá composição de receitas, mas ainda sem voltar aos níveis de 2011, quando a receita era 2% acima do que temos hoje.”

Salário mínimo

Dyogo afirmou que o salário mínimo previsto para o ano que vem é de R$ 979. “É um resultado da aplicação da regra atual”, afirmou.

O ministro afirmou que as metas apresentadas são consistentes com o histórico de arrecadação. “Estamos falando de reduzir despesas de 20% do PIB em 2016 para cerca de 18% em 2020”, afirmou, reforçando que o ajuste fiscal se dará “mais pelo corte de despesas que pelo aumento de receitas”.