Não se sabe exatamente porque a princesa deixou Dubai. No entanto, um poema postado em uma conta do Instagram ligado ao xeque Mohammed Maktoum acusa uma mulher não identificada de “traição e traição”. “Você não tem mais um lugar dentro de mim, vá para quem o manteve ocupada”, diz, terminando: “Eu não me importo se você vive ou morre”.
30/07/2019 - 16:43
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DW. A princesa Haya bint al-Hussein pediu nesta terça-feira (30) uma ordem de não-molestamento e uma ordem de proteção contra seu casamento em um tribunal de Londres. Haya, filha do falecido rei Hussein, da Jordânia, e irmão do atual rei do país, Abdullah, ela tem 45 anos. Ela foi vista em público pela primeira vez desde que aparentemente fugiu de Dubai. Era casada com o bilionário xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum. Ela também solicitou a custódia de seus dois filhos.
As ordens de proteção do Reino Unido podem ser usadas para ajudar as vítimas de casamentos forçados e abuso doméstico. Os advogados do xeque solicitaram que as crianças fossem mandadas de volta a Dubai. Maktoum tem 70 anos e casou-se com a princesa Haya – acredita-se ser sua sexta esposa – em 2004. O xeque tem mais de 20 filhos de diferentes esposas.
Princesa Haya, ex-membro do Comitê Olímpico Internacional, competiu no hipismo nos Jogos Olímpicos de 2000 em Sydney. Frequentava com frequência as corridas de cavalos da Royal Ascot, ao lado de seu marido. A princesa Haya estava presente durante a audiência de terça-feira no Supremo Tribunal da Inglaterra e do País de Gales, mas o xeque não estava. Ele está sendo representado pela advogada Helen Ward, que atuou por Guy Ritchie em seu divórcio de Madonna. A advogada de Haya é Fiona Shackleton, que representou o príncipe Charles em seu divórcio de Diana, princesa de Gales.
Não é a primeira disputa a abalar a família governante de Dubai. No ano passado, Latifa bin Mohammed al-Maktoum, uma das filhas do xeque por uma esposa diferente, tentou fugir de Dubai em um barco depois de lançar um vídeo no qual ela disse ter sido presa e abusada por sua família. A Anistia Internacional disse mais tarde que ela estava sendo mantida em um local não revelado nos Emirados Árabes Unidos depois de ter sido devolvida à força para o país.
O jornal inglês The Telegraph diz que a princesa, que passou grande parte de sua infância no Reino Unido antes de estudar Política, Filosofia e Economia na Universidade de Oxford, ainda não solicitou asilo por meios oficiais, mas espera permanecer no país. O caso é visto como uma imensa dor de cabeça para a diplomacia inglesa, já que os Emirados Árabes Unidos têm fortes laços comerciais e de defesa com o país.
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