Com a aprovação para uso emergencial de algumas vacinas contra a covid-19 pelo mundo, surgem diversas dúvidas sobre o que esperar de cada imunizante e como eles agem no organismo. Atualmente, há 14 vacinas que chegaram à fase 3 de testes, destas seis  já apresentam resultados.

O Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Arábia Saudita aprovaram o uso da vacina da Pfizer/BioNTech. Já o imunizante chinês da Sinopharm recebeu aprovação regular nos Emirados Árabes. O Extra criou um guia prático sobre a imunização contra a covid-19. Veja um resumo com 4 respostas a seguir.

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Funcionamento da vacina

A vacina é o único modo de controlar a circulação do vírus de forma sustentada, com a vacinação de pelo menos 70% da população. Os imunizantes utilizam o sistema de defesa humano para proteger as pessoas da infeção. Com a vacina, o sistema imunológico “conhece” o vírus de uma forma segura e, assim, passa a produzir anticorpos para combater a doença. Se a pessoa imunizada for exposta ao vírus, ela já terá as defesas prontas antes que a infecção se instale.

É importante ressaltar que a vacina não causa a covid-19 nas pessoas. As fases avançadas dos testes não usam o vírus de forma atenuada, que seria a única possibilidade, ainda que remota, de haver reversão para a forma ativa. As vacinas já aprovadas devem impedir apenas a covid-19, mas não a infecção pelo o coronavírus. Mesmo assim, se infectada, a pessoa não vai adoecer, o que já é um avanço para o momento atual da pandemia.

Produção da vacina

Geralmente, o desenvolvimento de uma vacina tem o prazo médio de dez anos. Com a pandemia, esse prazo foi encurtado, mas nenhuma etapa foi eliminada. Para o processo, são realizados testes em culturas de células e animais. Se aprovada, o imunizante é testado em seres humanos, divididos em três fases. Com sucesso na fase 3, os laboratórios pedem a autorização de uso às agências reguladoras dos países.

Segurança

Outro aspecto que gera dúvidas nas pessoas é a segurança das vacinas. Todas elas são seguras e passam por ensaios clínicos rigorosos. A eficácia das vacinas são demonstradas com a comparação do número de doentes do grupo vacinado em relação ao grupo placebo, aquele que recebeu um outro tipo de substância apenas para controle. As vacinas não podem causar mutação ou danos genéticos nas pessoas.

A melhor vacina será aquela que conseguir eliminar a transmissão do coronavírus, com maior eficácia de proteção e alcance na população sem efeitos adversos. A vacinação é segura e os efeitos colaterais, em geral, são leves e temporários, como dor localizada onde é aplicada a injeção e febre baixa.

Prazos

O Plano Nacional de Imunização prevê que trabalhadores de saúde, idosos acima de 75 anos, idosos com mais de 60 anos que estejam em asilos e população indígena recebam primeiro a vacina. Para o restante da população ainda não há data. Especialistas afirmaram ao Extra que isso deve acontecer somente no segundo semestre de 2021. Os imunizantes devem começar a fazer efeito dez dias após a primeira dose. No entanto, o efeito completo é esperado em 15 a 30 dias após a segunda dose.