O prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB) chegou atrasado para participar de um seminário realizado em Lisboa porque esteve antes em Roma para um encontro com o Papa Francisco. Ao se aproximar das instalações da Universidade de Lisboa, ele aceitou falar rapidamente com os jornalistas que o aguardavam na entrada do evento.

Ao entrar no auditório, quem falava era o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Assim que entrou no local, a plateia o aplaudiu e Barros teve que aguardar que o prefeito fosse encaminhado para a mesa, tamanho o burburinho. A plateia do evento, que já estava esvaziada, voltou a encher com a chegada de Doria.

Sobre a reunião da manhã em Roma, o prefeito relatou que insistiu com o papa para que fosse visitar o Brasil em outubro, uma solicitação negada recentemente pelo pontífice. “Insisti com o papa. Disse que sou brasileiro e que brasileiro não desistia nunca, disse que os brasileiros são muito perseverantes”, disse. Ele informou que chegou a pedir que Francisco revisse sua decisão de não ir ao Brasil em outubro. “São 300 anos da padroeira do Brasil em uma nação com o maior número de católicos do planeta, são 130 milhões de católicos no Brasil.”

O papa respondeu ao prefeito que era difícil mudar a posição, mas Doria teria reforçado para que considerasse a hipótese. “Ele sorriu. Eu ofereci a ele a bandeira brasileira, pedi a sua bênção e pedi também sua bênção aos brasileiros, principalmente para os mais pobres e humildes”, descreveu. Doria comentou que não houve durante o encontro menção às reformas por nenhuma das partes. “Entendo que religião não se mistura com política e, neste caso, era uma visita religiosa e histórica também. Entendo que não deva haver nenhuma alusão política, partidária.”