O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse neste sábado, 4, que “todos os pichadores são bandidos” e voltou a pedir que autores de pichação se tornem “grafiteiros ou artistas”. No mesmo dia em que o tucano fez a declaração, em entrevista para a Rádio CBN, duas pessoas foram presas pichando o muro de uma escola na Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte.

A ação foi flagrada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). Os detidos foram encaminhados ao 72.º Distrito Policial (Vila Penteado) para o registro da ocorrência. O local é a Escola Municipal do Ensino Fundamental (EMEF) Osvaldo Quirino Simões. Em nota, a administração municipal informou que “vai continuar os esforços para o combate à pichação, um crime ambiental que danifica o patrimônio da cidade, inclusive edifícios e monumentos tombados e com valor histórico”.

A Prefeitura anunciou no fim de janeiro que as pessoas flagradas cometendo esse tipo de delito serão processadas para ressarcimento. A gestão Doria tem endurecido o cerco contra pichadores. Entre as medidas mais duras de combate à pichação, começou a articular um projeto na Câmara para aumentar a pichação.

O tucano chegou a defender multa de R$ 5 mil para quem for pego pichando muros públicos ou privados, R$ 10 mil no caso de reincidentes e R$ 50 mil para quem pichar monumentos. Nesta sexta-feira, 3, a Prefeitura recebeu novas adesões ao Projeto Guardiões da Cidade.

A parceria permite que taxistas auxiliem na fiscalização a atos de vandalismo. Desde 1.º de janeiro, a Guarda Civil Metropolitana conduziu 50 pichadores a distritos policiais. “É importante ressaltar que a fiscalização não será feita de forma indiscriminada. Grafite e pichação receberão tratamentos diferenciados. Os pontos de grafite serão ampliados. A intenção é valorizar essa modalidade de arte urbana com a criação de cursos e oficinas para estimular que pichadores adotem o grafite e passem a atuar em locais permitidos”, destacou a gestão em nota.