A estação mais fria e seca do ano começou à 0h32 (de Brasília) desta segunda-feira (21), quando ocorre o solstício de inverno, em que o sol atinge a maior distância angular em relação ao hemisfério sul. A data foi celebrada pelos famosos “doodles” que ilustram a barra de pesquisa do Google.

A previsão para a estação, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é de frentes frias menos intensas e poucas chuvas na maior parte do País, principalmente Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste. A falta de precipitação preocupa pois tende a favorecer a incidência de queimadas e incêndios florestais. O aumento de doenças respiratórias, devido à baixa umidade do ar, também é fonte de preocupação, sobretudo no momento em que a taxa de infectados diariamente por Covid-19 volta a subir.

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Além disso, os baixos índices pluviométricos devem agravar o baixo nível de água nos reservatórios hídricos de parte do país. O Inmet aponta que os estados que compõem a bacia hidrográfica do Rio Paraná – Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo – já registram chuvas abaixo da média desde 2020.

“Neste ano, a situação de escassez de chuvas na bacia do Rio Paraná foi mais extrema em relação aos anos de 2018 e 2019, principalmente nos dois últimos meses (abril e maio)”, informa o Inmet, em nota.

O instituto informa também que devem ocorrer temperaturas abaixo da média no leste de Santa Catarina e Paraná, com grande possibilidade de geada. No Sudeste, as temperaturas devem permanecer acima da média, além de seco, como no Centro-Oeste. No Nordeste as temperaturas devem mudar pouco, embora também exista a previsão de poucas chuvas, com exceção do litoral. No Norte, o início do inverno deve ser marcado por chuvas e temperatura elevada. O inverno termina apenas em 22 de setembro, às 16h21, quando o equinócio marcará o início do outono.