Os maiores site de e-commerce da China estão boicotando a grife Dolce & Gabanna após a vinculação de uma propaganda considerada racista. Na peça publicitária uma modelo chinesa tenta comer uma macarronada, um pedaço de pizza e outros pratos da cozinha italiana usando os tradicionais hashis orientais. Segundo os críticos, a publicidade estimula o preconceito e estereótipos negativos.

Os vídeos foram públicos na segunda-feira (19) e já foram removidos pela empresa. Diante da repercussão negativa, a grife italiana cancelou em cima da hora um desfile que seria realizado na quarta-feira (21), em Xangai.

A situação ficou ainda pior quando comentários depreciativos do co-fundador da marca, Stefano Gabbana, contra o povo chinês vazaram na internet. Apesar de pedir desculpas pelo mal estar, a Dolce & Gabanna afirmou que a conta havia sido invadida.

“Nossas famílias nos ensinaram a respeitar todas as culturas do mundo”, disse ele. “Esperamos receber seu perdão por nosso mal entendido cultural.”

Os principais sites de compras chineses Alibaba e JD.com retiraram o catálogo da Dolce & Gabanna dos seus acervos. A mesma ação foi tomada pela rede de lojas Lane Crawford e outros representantes da moda no país.

A reação negativa na China pode custar caro à Dolce & Gabanna. De acordo com a consultoria McKinsey, o país asiático corresponde com um terço do consumo de produtos de luxo no mundo, somando aproximadamente US$ 7 bilhões ao ano. Já um levantamento da Bain & Comapny aponta o crescimento do mercado em 22% em 2018.