O dólar retomou alta, alinhado à tendência de valorização predominante no exterior ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities, observa o operador Hideaki Iha, da corretora Fair. Ele avalia que o dólar está volátil porque o volume de saídas de recursos do País costuma ser maior neste mês de dezembro, mas deve ter fluxo de venda, que pode ser de exportador, ajudando a tirar a força também, ainda que de forma pontual.

Para ele, a tendência é de o dólar oscilar de acordo com o fluxo de capitais e das notícias, em semana cheia de eventos importantes, como a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), dados do setor de serviços e o Relatório Trimestral de Inflação, além de decisões de política monetária de vários bancos centrais de países desenvolvidos e alguns emergentes, como Chile, Turquia e México.

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O principal no radar dos investidores é a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deve anunciar aumento da retirada de estímulos, reforçando chances de antecipação da alta de juros no País, afirma. “Há compasso de espera e cautela, por isso, o dólar está sem direção única”, observa.

Iha lembra também que esta semana deve ser a última do ano com maior liquidez nos mercados, uma vez que a movimentação poderá diminuir nas últimas duas semanas do ano, antes do Natal e Ano Novo.

Às 10h57, o dólar à vista subia 0,24%, a R$ 5,6277., enquanto o dólar janeiro ganhava 0,19%, a R$ 5,6535.