Depois de três sessões em baixa, o dólar voltou a subir nesta quinta-feira, 19, voltando a se aproximar do patamar de R$ 3,40. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a valer R$ 3,4105 (+0,88%), mas a alta perdeu força à tarde e, no fechamento, ficou em R$ 3,3906 (+0,29%). O giro financeiro foi relevante no mercado à vista, de US$ 1,3 bilhão; e também no futuro – às 17h15, somava US$ 17 bilhões

“Hoje foi um dia horroroso para moedas em geral, por conta da forte alta das taxas dos títulos do Tesouro nos Estados Unidos. A alta de 0,29% foi até pouco significativa, poderia ter subido mais”, disse um especialista em câmbio de um banco internacional.

A valorização dos Treasuries estaria atrelada a rumores de que grandes detentores desses papéis possam estar se desfazendo de parte deles. Hoje, as T-Note de 10 e 30 anos subiram perto de 3%. Esse comportamento levou o dólar a se valorizar em relação à maioria das moedas.

No final da manhã, em entrevista à TV Bloomberg, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que se o Federal Reserve elevar os juros mais rapidamente que o esperado pode provocar volatilidade e aumento da aversão ao risco no mercado financeiro mundial, afetando os fluxos internacionais de capitais. Ilan voltou a reforçar que o BC está atento a esse possível cenário, monitora atentamente a dinâmica dos mercados e pode intervir no câmbio.