O último pregão de fevereiro já aponta para a instabilidade em alguns ativos domésticos, em especial o dólar, que abriu em baixa, mas não sustentou a tendência e logo passou a subir. Boa parte da instabilidade no câmbio vem dos ajustes típicos de final de mês, mas também leva em conta outros fatores domésticos. Assim como ocorreu na segunda-feira, 27, as atenções dos investidores estarão concentradas ainda no imbróglio envolvendo a reoneração dos combustíveis.

Nesta terça-feira, 28, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a se reunir com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para tratar de combustíveis. Lula deve bater o martelo sobre uma proposta da Fazenda que institui a volta da tributação sobre esses produtos a partir de amanhã.

Em comunicado sobre notícias veiculadas nos meios de comunicação, a Petrobras afirmou que reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

No noticiário da última hora, destaque para a taxa de desocupação no Brasil, que ficou em 7,9% no trimestre encerrado em dezembro, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio idêntico à mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast.

Às 9h37 desta terça, o dólar à vista era negociado a R$ 5,2219, em alta de 0,28%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em abril, que passará agora a concentrar a liquidez, era cotada a R$ 5,2515, com ganho de 0,32%. No exterior, o Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas, operava estável (+0,01%), aos 104,68 pontos.