O dólar opera com sinais mistos na manhã desta segunda-feira, 22, em queda no mercado à vista e alta no contrato futuro de maio, refletindo ajustes em relação aos fechamentos anteriores. Na última quinta-feira, dia 18, antes do feriado da Páscoa, a moeda americana encerrou em baixa, aos R$ 3,9300 e R$ 3,9205, respectivamente.

Investidores realizam ganhos, após a moeda à vista ter acumulado alta de 1,07% na semana passada, diante das dificuldades de tramitação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Em entrevista à rádio Eldorado nesta segunda-feira, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que um dos maiores problemas é a discussão da reforma dos militares. Para ele, o PSL tem feito sua parte, mas não tem culpa se Onyx (Lorenzoni, ministro da Casa Civil) não criou uma base. O parlamentar disse também que “a reforma é a que o Rodrigo Maia quer e não a que o governo quer”.

Profissionais de câmbio monitoram ainda a movimentação em torno de uma possível nova greve dos caminhoneiros, além da agenda externa, que traz uma série de balanços corporativos importantes na semana, como os da Chevron e ExxonMobil, Amazon, Facebook e Boeing.

No caso do diesel, após o reajuste de 4,84% do preço por litro na semana passada, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) reúne-se na tarde desta segunda com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para tratar sobre aumento de preço e a tabela de fretes.

No sábado, dia 20, o ministro Paulo Guedes reafirmou que a Petrobras é livre para definir os preços do diesel, após a divulgação de um áudio em que Lorenzoni aparece falando que o governo deu uma “trava” na estatal petrolífera. No entanto, segundo a entrevista, a equipe econômica estaria considerando aumentar a periodicidade de reajuste do diesel de 15 dias para no mínimo 30 dias.

Às 9h24 desta segunda, o dólar à vista caía 0,16%, aos R$ 3,9239. O dólar futuro para maio subia 0,15%, aos R$ 3,9265%. Na renda fixa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 indicava 7,02%, de 7,03% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2023 estava a 8,21%, igual ao ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2025 apontava 8,76%, de 8,77% no ajuste de quinta-feira.

Na Pesquisa Focus, do Banco Central, foi alterada a projeção para a moeda norte-americana em 2019 e 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano passou de R$ 3,70 para R$ 3,75, ante R$ 3,70 de um mês atrás. Para o próximo ano, a projeção para o câmbio no fim do ano foi de R$ 3,78 para R$ 3,80, ante R$ 3,75 de quatro pesquisas atrás.