O dólar teve nesta quarta-feira uma sessão de queda quase generalizada, pressionado principalmente pelo recuo inesperado das vendas no varejo dos Estados Unidos, em meio ao ambiente de incerteza global com as idas e vindas das negociações do Brexit e dos trâmites necessários antes da formalização da chamada “fase 1” do acordo comercial dos americanos com a China.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar baixava a 108,76 ienes e a 0,9952 franco suíço, enquanto o euro subia a US$ 1,1077, mas caía a 0,8637 libra, e a moeda britânica avançava a US$ 1,2828.

No âmbito da separação entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), após se especular ao longo do dia que um acordo poderia ser anunciado ainda nesta quarta em Bruxelas, as negociações se estendem para a quinta-feira. “Um acordo deve ser anunciado nas próximas 24 a 48 horas”, aposta Kathy Lien, analista do BK Asset Managemnet, que levou em consideração uma fala do presidente francês, Emmanuel Macron, de que o consenso estava em vias de ser finalizado.

A falta de novidades concretas para a guerra comercial entre Washington e Pequim também colaborou para o clima, com investidores ainda monitorando a fala de mais cedo do líder da Casa Branca, Donald Trump, de que um entendimento final só seria assinado depois de seu encontro com o presidente do país asiático, Xi Jinping, em novembro, no Chile, na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês).

Nesse contexto, pesou ainda mais a queda inesperada das vendas no varejo dos EUA, de 0,3% em setembro ante agosto, quando analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam aumento de 0,2% nas vendas.