O dólar chegou ao fim da tarde desta quinta, 24, levemente desvalorizado em relação ao seus principais rivais, depois de uma sessão marcada pela volatilidade. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis divisas fortes, caía 0,03% no fim desta tarde, para 94,361 pontos, após ter chegado ontem ao maior nível desde julho. O euro avançava a US$ 1,1672 e a libra subia a US$ 1,2748.

Entre os emergentes, decisões monetárias no México e na Turquia impulsionaram as moedas desses países. O Banco do México (Banxico) anunciou corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros, a 4,25%. Neste fim de tarde, o dólar caía a 7,6235 liras turcas e a 22,1281 pesos mexicanos. Ao longo do dia, a moeda mexicana chegou a se desvalorizar, tendo chegado a sua mínima em seis semanas, tendência revertida após a decisão do BC. Já o Banco Central da Turquia anunciou a elevação da taxa básica de juros do país em dois pontos porcentuais, de 8,25% para 10,25%.

“O dólar se beneficiando de dados mais fracos é um sinal claro de que a moeda dos EUA está apresentando desempenho superior pelos motivos errados. Em vez de desfrutar de suporte por fundamentos, o dólar é puramente um refúgio, dado o aumento da aversão ao risco”, avaliou a Western Union em relatório enviado a clientes, referindo-se ao resultado pior que o esperado em dados do mercado de trabalho dos EUA divulgados hoje.

A libra subiu depois que o ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou um novo programa de empregos para ajudar a sustentar a recuperação econômica no país. Também impulsionou a libra a divulgação de um indicador de varejo, que aumentou “inesperadamente” em setembro, apontou a Western Union. Há ainda a pressão para que Banco da Inglaterra (BoE) adote taxas juros negativas, o que foi cogitado hoje pelo presidente, Andrew Bailey.