O índice DXY, que mede a variação da moeda americana contra outras seis divisas fortes, fechou o pregão desta terça-feira, 28, em leve alta, depois de ter atingido ontem o menor nível em dois anos. No entanto, na visão de analistas, o dólar deve acumular mais perdas, com pressões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), da incerteza sobre a eleição presidencial nos Estados Unidos e do avanço da covid-19 no país.

Próximo ao horário do fim dos negócios em Nova York, o dólar caía a 105,08 ienes, o euro recuava a US$ 1,1722 e a libra esterlina registrava alta a US$ 1,2944. O DXY, por sua vez, subiu 0,03%, a 93,696 pontos.

“O dólar está se estabilizando hoje, mas novas perdas são prováveis”, escreveram analistas do banco de investimentos Brown Brothers Harriman (BBH) em uma relatório divulgado no começo do pregão. Depois de ter chegado ao menor nível desde 2018, o enfraquecimento da moeda dos EUA deu uma trégua e o rali do euro teve uma “pausa”, como avalia o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union.

No entanto, a tendência de queda do dólar deve continuar, segundo analistas consultados pelo Broadcast. “O aumento do turbinado euro para picos de quase dois anos diminuiu com cautela antes de uma decisão do Fed de amanhã”, comenta Manimbo, em relação à decisão de política monetária do Federal Reserve, que deve manter o tom dovish. A libra, por outro lado, se fortaleceu hoje.

Nos Estados Unidos, o aumento do número de novos casos e mortes por covid-19 segue no radar, assim como as negociações entre republicanos e democratas em torno do pacote fiscal de US$ 1 trilhão apresentado ontem pelo partido de Donald Trump.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar ficou sem direção única. No final da tarde em Nova York, a divisa americana subia a 72,1598 pesos argentinos e a 16,5308 rands sul-africanos, mas caía a 21,9515 pesos mexicanos.