O dólar avançou levemente nesta segunda-feira, 15, ante moedas principais como o iene, a libra e o franco suíço. A moeda americana ganhou fôlego contra divisas fortes com a leitura acima do previsto do índice de atividade industrial Empire State, mas recuou ante diversas moedas emergentes após dados da indústria e varejo na China também superarem expectativas nesta segunda.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia para 107,91 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1260 e a libra caía para a US$ 1,2518. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em alta de 0,12%, a 96,933 pontos.

O índice Empire State, que mede o desempenho da indústria na região de Nova York, subiu de -8,6 em junho para 4,3 em julho, superando previsão de analistas de avanço bem menos expressivo, a 1,0, o que impulsionou levemente o dólar na manhã de hoje. Por outro lado, indicadores de produção industrial e de vendas no varejo da China também registraram altas além das projeções, apesar da expansão mais lenta do Produto Interno Bruto (PIB) chinês em 27 anos.

As leituras em ambos os países contribuíram para aliviar parte das preocupações com a desaceleração econômica mundial, favorecendo moedas emergentes ao longo do dia. Perto do fechamento dos pregões nova-iorquinos, o dólar recuava a 62,682 rublos, caía para 13,9164 rands sul-africanos e 18,9937 pesos mexicanos.

Entre as moedas fortes, a libra voltou a se enfraquecer após registrar na sexta-feira, 12, a primeira alta contra o euro em dez semanas. O euro também teve ligeira queda ante o dólar nesta segunda-feira. Na avaliação de analistas do banco NatWest, a moeda britânica sofre pressão pelo medo crescente de uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo. Já especialistas do Danske Bank preveem que o recuo do euro contra o dólar é temporário, pontuando que a previsão é de maior acomodação monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) do que pelo Banco Central Europeu (BCE).

O dia também foi marcado por discussões em torno da Libra, a moeda digital que o Facebook pretende lançar no ano que vem. O responsável pelo projeto, David Marcus, afirmou no texto do depoimento que dará amanhã ao Senado americano que a Libra não ameaçará a soberania das moedas e da política monetária dos bancos centrais. Por sua vez, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, reforçou a repórteres que o governo trabalhará para regulamentar criptomoedas, afirmando que são utilizadas frequentemente para financiar crimes, e alertou para que investidores tenham “cautela” com moedas digitais.

Em meio às sinalizações de forte fiscalização, o bitcoin flutuou e chegou a acelerar queda, mas recuperou fôlego e chegou a quase US$ 11 mil pouco após acabar a coletiva de imprensa de Mnuchin. / Com informações da Dow Jones Newswires.