Dólar sobe para R$ 4,14 e tem impacto direto aos consumidores
Valorização da moeda norte-americana tem efeito direto sobre alimentos, combustíveis, produtos eletrônicos e artigos de higiene e limpeza; valor não deve ceder antes das eleições

A cotação do dólar voltou a subir nesta terça-feira 28, atingindo R$ 4,14. As divulgações das pesquisas eleitorais e as incertezas do pleito fizeram a moeda americana ultrapassar a casa dos R$ 4 desde o último dia 21. Neste mês, a alta acumulada foi de 10,2%.
A desvalorização do real ante o dólar começa a ter efeitos práticos no cotidiano. O aumento de preço atinge desde alimentos a aparelhos eletrônicos, passando por combustível e produtos de higiene e limpeza.
No setor alimentício, os mais afetados são os que usam a farinha de trigo na base, como pães e massas. Por mais da metade do insumo ser importado, o aumento do dólar reflete diretamente no preço final.
“A indústria tem, em média, estoque suficiente para até 90 dias. Se o fabricante tem estoque comprado com preço anterior, mais baixo, segura o reajuste e ganha em volume de vendas”, disse Claudio Zanão, da Abimapi, associação dos fabricantes de biscoitos, massas e pães industrializados, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Ele estima que os preços devem ficar até 10% mais altos para o consumidor até o fim deste ano.
Artigos de limpeza, higiene e beleza, que usam produtos químicos importados como matéria-prima, também terão os valores reajustados nos próximos dias. Segundo o economista Thiago Berka, da Associação Paulista de Supermercado (Apas), a diferença dos preços será visível ao fim dos estoques.
“Apesar de que quase 81% dos artigos de limpeza e cerca de 70% de higiene e beleza sejam comprados por supermercados, então eles tem um poder de barganha alto, não será possível frear os aumentos ao consumidor”
Fraldas descartáveis, absorventes e papel higiênico também serão reajustados pelo aumento do preço da celulose no mercado internacional, diz o economista.
Moeda não deve baixar antes de outubro
Os patamares atingidos pela moeda americana deverão persistir até as eleições, afirma o coordenador da Escola de Economia de São Paulo da FGV, Joelson Sampaio.
“Quando se tem uma eleição como essa, que se tem um cenário muito aberto, você acaba tendo uma volatilidade. Nesse caso há muitas incertezas, pois não temos nenhum candidato claro que possa ganhar a eleição, isso afeta a percepção dos investidores”.
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