O dólar subiu ante a maior parte das moedas nesta sexta-feira, 8, influenciado pelos dados do relatório de emprego (payroll) de novembro.

No final da tarde em Nova York, o dólar subia para 113,48 ienes, o euro recuava para US$ 1,1770 e a libra cedia para US$ 1,1393.

De acordo com o Departamento do Trabalho, a economia americana gerou 228 mil vagas em novembro, acima da mediana de 195 mil estimada por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. A taxa de desemprego também se manteve em 4,1%, mesmo nível esperado pelo mercado. Já o salário médio por hora subiu 0,19%, menos do que os 0,30% projetados pelo mercado.

Os dados deram, portanto, uma visão mista aos investidores sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Por um lado, apoiam a alta suave nos juros, uma vez que a inflação não dá sinais de fortalecimento neste momento. Por outro, acendem o alerta de que o bom desempenho no mercado de trabalho pode se traduzir em alta nos preços no prazo mais longo.

Os investidores começam a considerar também a decisão do Fed da próxima semana. Na quarta-feira, o BC americano deve elevar os juros pela terceira vez neste ano, além de dar a sinalização para o que virá em 2018.

Do outro lado do Atlântico, destaque para o comportamento da libra, que recuou ante o dólar mesmo após o acordo com entre o Reino Unido e a União Europeia pelo avanço do Brexit. “Eu acredito ser este um caso clássico de ‘opera no boato e realiza no fato’, com a libra esterlina em avanço durante os últimos dias à medida que a possibilidade de um acerto ficava mais evidente”, afirmou o analista Craig Erlam, da consultoria MarketPulse.