O dólar opera em alta nesta sexta-feira, 17, após a decisão da quarta-feira, 15, do Comitê de Política Monetária (Copom) e em meio à queda das commodities. Antes do feriado da quinta-feira, que manteve os mercados locais fechados, o Copom aumentou os juros em 0,50 ponto porcentual, de 12,75% para 13,25%, e sinalizou outro ajuste “de igual ou menor magnitude” na próxima reunião.

Os investidores estão atentos também à possibilidade de que um reajuste de combustíveis pela Petrobras seja anunciado nesta sexta.

Ainda aguardam um discurso nesta sexta-feira do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Jerome Powell, no período da manhã.

O American Depositary Receipt (ADR) da Petrobras subiu 1,49% no pré-mercado de Nova York mais cedo, após cair 5,33% na sessão anterior com ruídos em torno do reajuste no preço dos combustíveis, defasados em relação à paridade internacional. O movimento ocorre a despeito da volatilidade do petróleo no exterior.

Na quarta-feira, Powell recolocou à mesa a chance de alta de 0,50 ponto porcentual dos juros em julho, mas defendeu a “ação forte” diante de surpresas na inflação, após o Fed elevar, na quarta-feira, a taxa dos Fed funds em 0,75 ponto porcentual, à faixa de 1,50% e 1,75% ao ano.

O mercado local acompanha a valorização da moeda norte-americana ante pares principais e algumas divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior em meio a quedas do petróleo e do minério de ferro, que fechou em baixa de 5,76% nesta sexta-feira, a US$ 121,64 a tonelada na China, de acordo com a Fastmarket.

Ontem, o minério de ferro recuou 1,22%, a US$ 129,08 por tonelada, e o petróleo fechou em alta, apoiado pelo enfraquecimento do dólar em meio ao aperto monetário no mundo e as incertezas sobre a oferta, após novas sanções americanas contra o Irã e a redução no fornecimento de gás russo à Europa.

Às 9h44, o dólar à vista subia 1,87%, a R$ 5,1208. O dólar para julho ganhava 1,20%, a R$ 5,1390.