O mercado de câmbio volta a operar o dólar em alta, alinhado à tendência internacional, com preocupações persistentes com a economia global, após dados de atividade fracos da China e dos Estados Unidos. O petróleo se fortaleceu, após ampliar mais cedo as perdas acentuadas das duas últimas sessões. Os retornos dos Treasuries de dois e dez anos exibem viés de alta.

A commodity reage a indicações de que o Irã não irá aceitar proposta da União Europeia (UE) para a restauração do acordo nuclear com potências econômicas. A retomada do pacto abriria o caminho para os iranianos ampliarem suas exportações de petróleo.

Na agenda diária esvaziada, os investidores aguardam o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) de junho (10h15).

Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) mostrou queda de 1,28% na segunda quadrissemana de agosto, após queda de 1,13% na primeira leitura do mês. O indicador acumula alta de 5,86% em 12 meses, menor do que o avanço de 6,02% no período até a primeira medição. Gasolina (-16,62% para -16,45%), passagem aérea (-25,75% para -29,33%) e tarifa de eletricidade residencial (-3,81% para -3,66%) foram os itens que mais pressionaram para baixo o IPC-S da primeira quadrissemana de agosto.

Apesar dos sinais deflacionários recentes, o mercado deve seguir atento à piora das expectativas para inflação para 2023 e 2024, ainda que a redução da gasolina nesta segunda-feira, 15, pela Petrobras tenha trazido revisões para baixo para IPCA de 2022.

Nesta terça-feira, 16, começa oficialmente a campanha eleitoral de 2022 e ocorre também a posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve contar com presença do presidente Jair Bolsonaro e dos ex-presidentes Lula, Dilma e Temer. Lula (PT) lidera a corrida eleitoral com 44% das intenções de voto, seguido de Bolsonaro (PL), que tem 32%. Os dados são da pesquisa Ipec/TV Globo, divulgada ontem à noite, um dia antes do início oficial da campanha presidencial.

Às 9h33 desta terça-feira, o dólar à vista subia 0,59%, a R$ 5,1209. O dólar para setembro ganhava 0,40%, a R$ 5,1445.