O dólar avançou ante moedas fortes e emergentes nesta quinta-feira, 16, com investidores em busca da segurança da divisa americana diante da percepção de que a recuperação econômica após a pandemia de coronavírus é incerta.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 107,71 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,0843 e a libra cedia a US$ 1,2455. O índice DXY, que mede a variação da divisa americana frente a uma cesta de seis rivais fortes, registrou alta de 0,57%, a 100,025 pontos.

“O dólar foi impulsionado por dúvidas sobre a recuperação da economia”, resume o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Para o especialista do banco americano, o dólar obteve ganhos nesta semana porque os indicadores econômicos divulgados “sugeriram um caminho mais longo e mais incerto para a recuperação, uma perspectiva mais sombria que reviveu o apetite por ativos de refúgio”.

Hoje, o índice de atividade regional medido pelo Fed Filadélfia despencou de -12,7 em março para -56,6 em abril. Os novos pedidos semanais de auxílio-desemprego, por sua vez, ficaram acima de 5 milhões, embora o número tenha sido menor do que algumas projeções apontavam.

Para Manimbo, do Western Union, o euro é enfraquecido pela percepção de que o pacote de ajuda financeira de 500 bilhões de euro aprovado na semana passada pelo Eurogrupo é “inadequado para proteger significativamente a economia do bloco contra choques do coronavírus”.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar também avançou. No final da tarde em Nova York, a moeda americana subia a 24,2142 pesos mexicanos, a 65,7642 pesos argentinos e a 18,9501 rands sul-africanos. Em relatório divulgado hoje, o Instituto Internacional de Finanças (IIF) avalia que “o choque da covid-19 atingiu divisas emergentes fortemente”.