O dólar subiu ante o iene e o euro nesta quarta-feira, 12, com uma busca menor pela segurança da moeda japonesa, na esteira da diminuição da cautela em relação ao coronavírus, e apoiado pela fraqueza da divisa europeia devido a um dado abaixo do esperado na zona do euro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 110,08 ienes, o euro caía a US$ 1,0874 e a libra registrava alta a US$ 1,2959. O índice DXY, que mede a moeda americana ante outras divisas principais, avançou 0,33%, a 99,049 pontos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há mais de 44 mil casos de coronavírus na China e pelo menos 1.114 mortes. A entidade disse nesta tarde que é cedo para prever o fim do surto, mas que o avanço do vírus fora da China “não parece ser agressivo”. Além disso, o número de novos casos no país asiático diminuiu.

Analista sênior de mercado do Western Union, Joe Manimbo ressalta que o “aumento do sentimento de risco” pode fazer com que o dólar suba menos, já que a moeda americana foi impulsionada nas últimas semanas “pela busca de refúgios”, além da percepção de que a economia dos Estados Unidos está forte.

Hoje, no entanto, a fraqueza do euro apoiou a alta do DXY, com a moeda europeia cedendo ao menor valor em 21 meses. Segundo Manimbo, a queda na produção industrial da zona do euro em dezembro ante novembro aumentou “o risco de recessão no continente”.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar recuava a 18,6390 pesos mexicanos, mas subia a 14,8618 rands sul-africanos e a 61,2650 pesos argentinos, no fim da tarde em Nova York, após o governo da Argentina ter adiado o pagamento do principal de uma dívida.