O dólar subiu ante rivais nesta segunda-feira, 10, e ficou praticamente estável ante o iene, em meio a uma percepção de que a economia americana continua resiliente, além de certa cautela com o surto de coronavírus e a fraqueza do euro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 109,76 ienes, quase estável ante a moeda japonesa, o euro recuava a US$ 1,0915 e a libra tinha baixa a US$ 1,2912. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, subiu 0,15%, a 98,832 pontos.

“O dólar tem estado em alta em meio a evidências crescentes da resiliência econômica dos EUA”, comenta o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Após o relatório de emprego americano, conhecido como payroll, ter vindo acima do esperado em janeiro, o índice de tendência de emprego, divulgado hoje, também registrou alta.

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Além disso, apesar dos ganhos de hoje nas bolsas de Nova York, os investidores continuam cautelosos diante do avanço do coronavírus, que já afetou mais de 40 mil pessoas e levou a 909 mortes na China.

O euro, por sua vez, operou em baixa hoje em meio a uma crise política no partido da chanceler alemã, Angela Merkel, e ainda na esteira de dados fracos da indústria da Alemanha. “Os números da produção industrial e das vendas no varejo alemães da semana passada foram ‘feios’ e nem sequer incluem o impacto do coronavírus”, afirma Manimbo.

“A preocupação e o medo podem ser um poderoso motor dos fluxos monetários e a economia dos EUA é menos vulnerável ao coronavírus do que a Europa”, analisa Kathy Lien, diretora-gerente de estratégia de câmbio do BK Asset Management.

Ante as moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar recuava a 18,7260 pesos mexicanos e a 14,9962 rands sul-africanos, mas subia a 64,168 rublos russos, no fim da tarde em Nova York.