O dólar avançou ante rivais nesta quinta-feira após a China anunciar cortes em tarifas a produtos americanos e com os investidores na expectativa pela divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos, conhecido como payroll, nesta sexta-feira.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 109,99 ienes e a 0,9749 francos suíços, o euro recuava a US$ 1,0981 e a libra caía a US$ 1,2927. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, fechou em alta de 0,20%, a 98,496 pontos, e atingiu máxima intraday desde 29 de novembro.

Hoje, a China anunciou que vai cortar pela metade tarifas sobre US$ 75 bilhões em produtos dos EUA e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, também sinalizou redução de tarifas americanas ao país asiático.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, afirmou que hoje foi o primeiro dia em que os casos de coronavírus na China diminuíram.

“A recente recuperação do dólar e a alta das ações em Nova York nos dizem que os investidores gostam do dólar”, comenta Kathy Lien, diretora-gerente de estratégia de câmbio do BK Asset Management. A analista ressalta, ainda, que a moeda americana tocou a marca de 110 ienes durante a sessão.

Segundo Lien, os investidores esperam que o payroll dos EUA venha “forte” amanhã e “mostre melhora da economia americana”.

O analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union, por sua vez, destaca que o euro se enfraqueceu com dados “fracos” de atividade na Alemanha.

Ante as moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar subia a 18,6844 pesos mexicanos e a 14,9446 rands sul-africanos, mas recuava a 62,388 rublos russos, no fim da tarde em Nova York.