O dólar subiu ante rivais nesta quarta-feira, fortalecido pela geração de empregos no setor privado dos Estados Unidos acima do esperado e com o avanço do coronavírus no radar.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 109,82 ienes e a 0,9737 francos suíços, o euro recuava a US$ 1,1001 e a libra caía a US$ 1,2995. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, subiu 0,35%, a 98,301 pontos.

Dados divulgados hoje pela ADP mostraram criação de 291 mil empregos nos EUA em janeiro, acima da expectativa. A diretora-gerente de estratégia de câmbio do BK Asset Management, Kathy Lien, comenta que o otimismo predominou no mercado hoje, em geral, mas que “ativos dos EUA e o dólar americano se beneficiaram, em particular, dos dados mais fortes”.

Segundo Lien, a melhor performance hoje entre as moedas foi a do dólar e a pior foi a do euro, após dados de atividade mistos na Europa e comentários “desencorajadores” da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

O surto do coronavírus também continua no radar. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou alta diária recorde nos casos da doença e surgiram relatos de produção de medicamentos e vacinas na China e no Reino Unido. De acordo com o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union, “está longe de ser claro” o impacto que o surto terá no crescimento global.

Ante as moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar recuava a 18,6224 pesos mexicanos, a 14,7842 rands sul-africanos e a 62,917 rublos russos, no fim da tarde em Nova York.