O dólar avançou ante outras moedas principais nesta quarta-feira, 31, após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de cortar em 25 pontos-base a taxa básica de juros dos Estados Unidos, para a faixa entre 2,0% a 2,25%.

Próximo ao fechamento do mercado em Nova York, o dólar subia a 108,84 ienes, enquanto o euro caía para US$ 1,1076 e a libra subia para US$ 1,2162. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes, fechou em alta de 0,48% aos 98,516 pontos.

Na tarde desta quarta, o Fed decidiu relaxar sua política monetária como forma de sustentar a expansão e a inflação dos EUA. Por outro lado, sinalizou que o relaxamento monetário pode não ser tão agressivo quando previam investidores, concluíram analistas a partir das declarações do presidente do Fed, Jerome Powell. Em meio aos sinais do Fed, o dólar avançou ante outras moedas principais.

Já o euro recuou ante o dólar, perdendo o nível psicologicamente importante de US$ 1,11, também reagindo ao afrouxamento monetário americano e a declarações do presidente do Fed, Jerome Powell. O dirigente afirmou, durante coletiva de imprensa, que a decisão de corte de juro considerou a fraqueza, notadamente da indústria, da economia na zona do euro. Além disso, houve sinais fracos mais cedo da região europeia, o que contribuiu para a pressão sobre a divisa.

Em tese, o corte de juro por parte do Fed teria de pressionar o dólar, na medida em que é um estímulo à inflação, o que, contudo, não aconteceu. Em relatório divulgado a clientes, o BK Asset Management explicou o motivo para o movimento. “Os investidores interpretaram as ações de hoje (quarta) como positivas para a moeda pelas seguintes razões: dois membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) votaram contra um corte de taxa; Powell diz que o corte não é, necessariamente, o início de uma série de cortes; Powell focou em mercado de trabalho e resiliência da economia.”