O dólar operou em alta nesta quarta-feira, 9, ante a maioria de suas moedas rivais, em meio a críticas trocadas entre as duas lideranças que negociam um pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell. O impasse fez com que investidores diminuíssem as expectativas pelo acordo e buscassem segurança na moeda americana. O avanço da pandemia do novo coronavírus nos EUA e na Europa também foi observado pelo mercado, o que aumentou a aversão por risco dos investidores nesta quarta.

O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de outras seis moedas fortes, subiu 0,13%, aos 91,087 pontos.

Além do impasse fiscal nos EUA, um fator observado pelo mercado hoje foi a negociação pelo acordo pós-Brexit entre Reino Unido e União Europeia. Horas antes de viajar a Bruxelas para discutir o assunto com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o premiê britânico, Boris Johnson, disse que o país pode chegar a um “bom acordo”.

O avanço do DXY foi sustentado em grande parte por um euro fraco, que recuava a US$ 1,2081 no fim da tarde em Nova York. Além da indecisão pelo Brexit, a divisa comum operou em baixa à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) a ser divulgada amanhã às 09h45. Enquanto isso, a libra sustentou avanço a US$ 1,3396 ante o dólar.

Segundo a estrategista de câmbio do BK Asset Management, Kathy Lien, há o risco de que ocorra um rali do euro após o anúncio do BCE de amanhã. Como mostrou o Broadcast, a autoridade deve ampliar seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês).