O dólar subiu ante o iene e o franco suíço, moedas consideradas mais seguras, em meio a uma cautela menor com o coronavírus e após estímulos monetários do Banco do Povo da China (PBoC).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 109,50 ienes e a 0,9695 francos suíços, o euro recuava a US$ 1,10646 e a libra avançava a US$ 1,3033. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, subiu 0,16%, a 97,961 pontos.

Diante da preocupação no mercado com o possível impacto do coronavírus na atividade econômica chinesa e mundial, o PBoC injetou liquidez no sistema financeiro hoje pelo segundo dia consecutivo. O número de pessoas infectadas pelo vírus no país asiático já passa de 20 mil e há pelo menos 425 mortes, segundo a mais recente atualização.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, afirmou nesta tarde que o risco de disseminação do coronavírus pelo mundo continua alto.

“O dólar manteve-se firme graças a ganhos sólidos contra pares mais seguros, como o iene e o franco suíço”, avalia o analista de mercado Joe Manimbo, do Western Union. Para Kathy Lien, diretora-gerente de estratégia de câmbio do BK Asset Management, ainda há preocupação com o coronavírus, mas os “esforços” da China e a temporada de balanços nos Estados Unidos “impediram a queda nas moedas” hoje.

Ante as moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar recuava a 18,6986 pesos mexicanos, a 14,8092 rands sul-africanos e a 63,152 rublos russos, no fim da tarde em Nova York.