O dólar avançou ante o iene e o franco suíço nesta sexta-feira, 15, mas recuou em relação ao euro e à libra, em meio a um maior apetite por risco no exterior, impulsionado por perspectivas de avanços na guerra comercial sino-americana.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar subia a 108,84 ienes e a 0,9900 franco suíço, enquanto o euro avançava a US$ 1,1055 e a libra se valorizava a US$ 1,2905. O índice DXY, que mede a variação da divisa dos EUA ante uma cesta de seis rivais, encerrou o dia em alta de 0,17%, aos 97,999 pontos, com queda semanal de 0,36%.

O otimismo dos investidores foi apoiado por declarações do secretário do Comércio americano, Wilbur Ross. Em entrevista à Fox Business, Ross disse hoje que um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China será feito “com toda possibilidade”, caso seja o “acordo certo”. O secretário também afirmou que o presidente americano, Donald Trump, ainda não concordou com a remoção de tarifas impostas ao país asiático, mas que a chamada “fase 1” do acordo comercial entre os dois países será “o primeiro grande passo” para um entendimento.

As vendas no varejo dos EUA subiram 0,3% em outubro ante setembro, na agenda de indicadores de hoje, e também impulsionaram o otimismo.

“O dólar perdeu algum impulso depois de duas semanas de altas, mas ainda falta um catalisador negativo tangível. Portanto, a moeda pode manter a maior parte de sua recente força nos próximos dias”, avaliam Francesco Pesole e Chris Turner, analistas do ING.

No caso do euro, a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do bloco europeu, que poderia ter pressionado a divisa, ficou em segundo plano. O indicador subiu 0,7% em outubro, na comparação anual, mas registrou o menor nível desde 2016.

Já a libra, segundo os analistas do ING, “continua a se concentrar apenas nas próximas eleições gerais”, que serão realizadas em 12 de dezembro.

Ante divisas emergentes, o dólar recuava a 59,6234 pesos argentinos, a 14,7739 rands sul-africanos e a 19,2146 pesos mexicanos, perto do fechamento em Nova York.

O peso chileno inverteu o sinal e também subiu ante o dólar hoje, após o Banco Central local anunciar aumento de operações de recompra de títulos (repo) e de leilões de operações de swap cambial. Mais cedo, o dólar recuava a 774,63 pesos chilenos, após ter fechado ontem cotado a 802,63 pesos.