O dólar está volátil, oscilando entre margens estreitas, ora em alta ora em baixa. Há pouco, renovou máxima a R$ 5,1015 (avanço de 0,16%) no mercado à vista. O estrategista-chefe da RB investimentos, Gustavo Cruz, afirma que os mercados em geral estão voláteis em meio à cautela com guerra no leste europeu após a negativa da Rússia sobre avanços nas negociações para cessar-fogo na Ucrânia e das revisões das projeções econômicas do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, que foram bem fortes para alta da inflação e juros nos EUA principalmente.

Além disso, o Copom deixou o mercado dividido sobre o fim do ciclo de aperto atual, mas, na opinião do estrategista-chefe, o Copom foi hawkish e a próxima reunião de maio não deve ser a última de alta de juros no País. “Com o choque de preços de commodities e o petróleo rondando US$ 100 o barril, o BC foi obrigado a acrescentar sinalização de mais um aumento da Selic de 1 ponto porcentual para maio e poderá esticar mais o aperto, encerrando com alta de 0,50 ponto porcentual em junho, a 13,25% ao ano”, avalia.

Cruz acredita ainda que o fluxo de capitais estrangeiros para o Brasil pode diminuir, mas não ser interrompido agora. Pode começar a dar uma freada mais perto das eleições, com medidas populistas dando fôlego à inflação, à política de aperto de juros e ameaçando o cenário fiscal do país.