O dólar volta a operar em baixa no mercado doméstico nesta quarta-feira, 9. Os agentes de câmbio respondem com otimismo ao acordo da cessão onerosa fechado na véspera e que abre o caminho para a votação em segundo turno da reforma da Previdência no Senado. Além disso, há expectativas com um possível entendimento entre Estados Unidos e China, que retomam negociações comerciais nesta quinta-feira (10).

O mercado de câmbio monitora ainda a queda dos juros futuros, na esteira da deflação do IPCA de setembro, que caiu 0,04%, abaixo da mediana das projeções do mercado (0,02%) e no piso do intervalo (-0,04% A +0,18%). O indicador de inflação oficial do País acumulou alta de 2,89% em 12 meses. Neste caso, o resultado também veio abaixo da mediana das projeções (2,97%) e no piso do intervalo (2,89% A 3,20%). Os dados reforçam a percepção de espaço para Selic abaixo de 5% este ano.

No exterior, o dólar recua de forma geral entre moedas emergentes. Mais cedo, a exceção era a lira turca, que cedeu em relação à moeda americana mas recuperou fôlego, mesmo em meio a tensões depois que a Casa Branca afirmou que os turcos planejam uma invasão do norte da Síria, no domingo. Nesta quarta, o ministro de Defesa da Turquia, Hulusi Akar, afirmou que os preparativos para a invasão continuam. Às 9h28, o dólar estava a 5,8310 liras turcas, de 5,8366 liras turcas na terça.

No mesmo horário acima, o dólar à vista estava em R$ 4,0770 (-0,37%). O dólar futuro de novembro caía 0,45%, aos R$ 4,0830. Lá fora, o índice DXY recuava 0,11%. Em relação a divisas emergentes, a moeda americana também cedia a 19,5409 pesos mexicanos, a 64,8636 rublos russos e a 15,1476 rands sul-africanos.