O dólar renovou mínima de R$ 5,5968 (-1,30%) no mercado à vista há pouco. O estrategista Jefferson Laatus, do grupo Laatus, diz que o condutor do movimento é o dólar fraco no mundo após os dados fortes dos Estados Unidos em março, que reforçam otimismo com a retomada da economia em meio a sinais de manutenção de juros baixos no país por longo período.

Para ele, a queda dos retornos dos Treasuries e a falta de novidades locais sobre as negociações do Orçamento e a CPI da Covid ajudam também a apoiar a demanda pelo real.

Na política, Laatus afirma ainda que a expectativa é de que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) poderá manter a decisão do ministro Edson Fachin, que anulou as condenações impostas ao ex-presidente Lula (PT) no âmbito da Lava Jato, tornando-o habilitado para disputar as eleições de 2022.

Avalia também que o STF deve decidir pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro, ao condenar Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação do triplex do Guarujá.

Quanto aos indicadores internos – IGP-10 pouco acima do esperado e dados de serviços melhores do que as projeções do mercado -, ele observa que estão em segundo plano, porque não mudam a intenção do BC de elevar em mais 0,75 ponto a Selic, em maio, para 3,50% ao ano.