SÃO PAULO (Reuters) – O dólar oscilou entre altas e baixas e acabou fechando com modesta valorização nesta quarta-feira, com investidores à espera de novos eventos para calibrar melhor os preços, enquanto as atenções se voltam para a decisão de política monetária na zona do euro.

O dólar à vista subiu 0,25%, a 4,6882 reais. Ao longo da jornada, variou entre 4,6518 reais (-0,52%) e 4,7058 reais (+0,63%).

Uma cesta de moedas emergentes mais próximas do real operava quase estável, com investidores evitando grandes movimentações antes de novos catalisadores para as taxas de câmbio, com a sinalização a ser emitida pelo Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira em lugar de destaque.

+ Ibovespa avança com NY e impulso de Petrobras

O euro saltava 0,6% no fim da tarde ante o dólar, num possível indicativo de apostas de que o BCE possa adotar um tom mais rígido contra a inflação. Isso reforçaria o processo de abandono por parte de BCs de medidas de estímulos que na pandemia despejaram uma enxurrada de liquidez no sistema financeiro mundial, parte da qual migrou para mercados emergentes.

Por ora, contudo, o mercado dá sinais de otimismo com o real, também porque aqui o Banco Central parece inclinado a seguir com aperto monetário em meio às fortes leituras de inflação.

O Credit Suisse reiterou previsão de dólar a 4,50 reais ao fim de junho e também endossou suas projeções para o peso mexicano. “Vemos riscos de reavaliação agressiva das expectativas de política monetária como suporte contínuo para as respectivas taxas de câmbio”, disse o banco em relatório.

O Credit vê altas do dólar para 4,80 reais como “atrativos pontos de entrada para novas posições vendidas”. Na semana passada, a cotação bateu uma máxima intradiária de 4,796 reais, mas não conseguiu seguir a marcha para cima. Desde então, já perdeu 2,25%.