O dólar ganhou força ante a maioria das moedas fortes e também de países emergentes nesta terça-feira, 7, em um dia de busca por maior segurança entre os investidores diante das incertezas sobre as negociações comercias sino-americanas. Na Europa, o corte nas projeções do crescimento econômico do bloco pressionou o euro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía para 110,23 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1188. Em relação às moedas de países emergentes, o dólar avançou para 6,144 liras turcas e 45,27 pesos argentinos. O índice DXY, que mede o dólar contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em alta de 0,12%, com 97,628 pontos

As incertezas em relação à negociação comercial entre a China e os Estados Unidos continuou pressionando os mercados acionários do mundo inteiro nesta terça-feira, enquanto autoridades americanas emitiram opiniões diferentes sobre o aumento de tarifas sobre produtos chineses anunciado no domingo pelo presidente americano, Donald Trump. Esse ambiente de dúvidas motivou os investidores a buscarem ativos mais seguros, como o dólar.

Já o euro, por sua vez, atingiu as mínimas do dia em relação ao dólar após a Comissão Europeia divulgar projeções atualizadas de crescimento e inflação da zona do euro, indicando que o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco deve ser de 1,2% em 2019, e não 1,3%, conforme projeção anterior. No que tange a inflação, a projeção para 2020 foi reduzida de 1,5% para 1,4%, mais distante da meta de pouco abaixo dos 2,0%.

Por fim, a lira turca foi pressionada em razão do quadro político conturbado na Turquia. A decisão de segunda-feira do conselho eleitoral nacional de cancelar a eleição para prefeitura de Istambul após a oposição vencer por pequena margem, foi lida por alguns investidores como intervenção do presidente Recep Erdogan no processo eleitoral, provocando a venda de ativos locais e pressionando a moeda do país.